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Meu barracão, sem proteção,
velho e sujo pelo tempo,
sem cerca, sem pintura,
sem biblioteca, sem cultura,
vive nesse momento,
a iminência de desmoronar-se!
Minha única cadeira, sem encosto,
toco de madeira, de mau gosto,
é onde descanso! Meu remanso!
Estou só, sem companheira,
estou velho, estou lento,
sou de um tempo,
que até o vento não me ajudou,
já derrubou meu barracão
e agora durmo na calçada!
Acordo e me vejo sem nada,
sem alegria e sem morada,
estou preso, sem alento,
sou de um tempo,
que até o intento não me ajudou,
dilacerou meu coração
e agora sumo na madrugada!
Me acabo no fumo e na marvada!
Estou no fim, tudo tem um fim!
Botucatu, 09/09/1985
Publicado no Recanto das Letras em 30/11/2013
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