sexta-feira, 6 de setembro de 2013

SUBSTITUTA


Ao ser substituída após algum tempo como companheira estável de um grande artista, a linda moça (já não tão moça) encontra no salão de beleza a que iria substituí-la, para o desejado posto de "esposa". 

Elas se conheciam, então a ansiosa "nova esposa" questiona à que está deixando o cobiçado posto de mulher do artista, cantor:

--Como você fez para permanecer tanto tempo junto ao Sávio?

A já separada explica que enviou duas cartas a ela. Quando você começar a ser cobrada sobre libido, exigida em muitas coisas, ou o que chamamos de crise, abra a primeira carta.

Terminou a conversa e cada uma seguiu os compromissos já assumidos.

O tempo passou! A cobrança começou. Sem pestanejar, a nova esposa (companheira de relacionamento estável, pois ele disse que casamento nos moldes antigos, nunca mais, já fizera três e já bastava) abriu a primeira carta e nela estava escrito:

--Não importa o que ele diga, lance toda a culpa sobre mim. Não tenha receio de fazê-lo. Diga que a anterior acostumou ele errado e muito mal! Seguindo o escrito da carta, a nova mulher esculacha e faz da sua antecessora tapete para o calvário descortinado! Seguiu à risca o conselho da primeira carta e no final dela um segundo conselho:

--Em caso de nova crise, abra a segunda carta!

Tempo passa, passa o tempo, e briga e discussão é o novo passatempo! Novo embate, sem debate, no já desgastado casamento, quer dizer, união estável ! Pensou que a solução estaria na segunda carta e ao abri-la, pensando encontrar a resolução e o caminho da salvação, lê não um conselho, mas uma bela saída:

--Sente-se e escreva duas cartas! Consiga o endereço para o envio delas ou entregue em mãos, na festa do novo relacionamento, para a nova e futura companheira do Sávio! O próximo casamento, união estável, será o oitavo!

Obs: Eu li esta história e tenho visto um monte de relacionamentos que corroboram, confirmando, que agora é assim! Isto de duas cartas vale também para todo cargo político, para esposas ou maridos que estejam vivendo drama em vez de romance ou de boa política, politicamente correta!

Na verdade, nem toda máquina é Brastemp! Já foi!
Na verdade, a própria mesmo já foi melhor! Não foi?
Na verdade, nem toda carne vermelha é Friboi!
Na verdade, nem todo cantor e compositor é Roberto Carlos!
Na verdade, nem toda garota que surfa na noite é Surfistinha!
Nem todo artista, cantor casamenteiro, é Sávio Junior!
Sobrou apenas o Sávio, pois o Chi Quo Alíseo...
Vento alísio levou Chi Quo Alíseo ao Paraíso...

É ficção oriunda da minha mente que se inspirou no texto da Sonia Inês Vendrame. Jornalista e doutoranda pela PUC/SP, que escreve na revista 100 Fronteiras!

Foz do Iguaçu, 06/09/2013
Publicado no Recanto das Letras em 06/09/2013

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