sexta-feira, 31 de agosto de 2012

SOU SÓ DELA



Sou só dela, então eu sambo,
junto com minha morena,
pequena, linda, cor de jambo.

Distribuindo classe,
vamos mostrando nossa dança
a quem quer que passe,
para que, assim, todos
vejam a gente sambando.

No samba, eu e ela,
sou bamba, sou só dela,
vivo sambando pra ela,
vivo amando, sou assim,
e, ela só gosta só de mim.

O samba e o seu amor,
pra mim, não tem mais fim!

Ilha Solteira, 30/04/1983
Publicado no Recanto das Letras em 07/11/2013

PRECE



Quero cantar, em meus poemas, agora,
e, em meus textos, como quem chora,
por causa da distância que nos separa,
desde que você decidiu que ia embora!

Eu vou contar e cantar em meus versos,
tão diversos, que a parte que me coube,
até diminuía a distância que nos separa,
mas aí, aumentava a saudade ao inverso!

A parte que me coube eu sempre fiz!
Retribuir você não soube, nem quis!
Ah! Quanto me faz sofrer seu adeus,
ao ausentar-se junto aos passos meus!

Ah! Se por ventura chorar eu soubesse,
e me derramar em prantos uma prece,
aprenderia então, abraçar sua ausência
e sofreria menos em minha existência!

Ilha Solteira, 20/03/1983
Publicado no Recanto das Letras em 10/11/2013

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

MÁSCARA ESCURA



Através da máscara escura,
vi seus olhos de cristal.
Em meus olhos uma aventura,
parece noite de carnaval.

Minha pequena,
companheira de dança.
Minha morena,
noite inteira, não se cansa.

Linda morena,
ainda tenho esperança.
Você foi embora,
deixou sua máscara de lembrança.
Você foi embora,
junto com o carnaval.


Através da máscara escura,
seus olhos de cristal.
Em meus olhos uma desventura,
de uma noite de carnaval.

Você foi embora,
junto com o carnaval.
Ficou apenas sua máscara escura,
símbolo de ternura,
hoje estou à procura,
de você.

Ah, minha pequena,
companheira de dança!
Ah, minha morena,
meu olhar não se cansa
de morar na lembrança
de sua máscara escura.

Linda morena,
ainda tenho esperança
de que no carnaval vindouro
vou encontrar você, meu tesouro!

Botucatu, 04/06/1981
Publicado no Recanto das Letras em 27/11/2013

CÍRCULO VICIOSO



Poço de porcaria após ditadura!
Governo, desgoverno com poeira!
Homens inúteis na sujeira rotineira!
Candura na cultura, é cultural tortura!

Após aquela gestão, saí pra proeza!
Esperançoso, a próxima será melhor! 
Oposição da oposição sabe de cor,
com lógica destreza, que é esperteza!

Fui ingênuo, voei tão menino,
fui sem rumo e sem destino!
Deixei pra trás os problemas?
Deixei tristeza e os teoremas?

Teorema tem que ser provado!
Presunção dá poder e condição
para que a tese tenha solução!
Solver, sempre sonho realizado!

Apostei na ave, apostei no tucano!
Perdi as fichas, apostei no vermelho!
No jogo do voto entrei pelo cano!
Capital do esterqueiro, escaravelho!

Rodando sobre o passo já rodado,
ficou o círculo vicioso acentuado!
Se você limpa sujando, o limpo some!
Cabeça começa pelo rabo, se consome!


Botucatu, 03/05/1981
Foz do Iguaçu, 20/10/2013 - Corrigido e Modificado
Publicado no Recanto das Letras em 19/11/2013

MINA DE RIMA É OURO, É TESOURO



MINA DE RIMA É OURO, É TESOURO

A lua sai detrás das nuvens, rápida, se descortina,
igual ave de rapina, ilumina o vale e a campina!
Luz de lamparina, noite de rotina, mesma disciplina,
mesma doutrina e eu com a mesma sina,
ainda à procura de uma rima!

Lua cheia, é madrugada, luz argentina,
o dia quase se aproxima, fôlego termina,
e minha canção sem poesia se alucina!
O cansaço pesa na cabeça por cima,
ainda à procura de uma rima!
É ouro, é tesouro, é mina de rima!


Ilha Solteira, 27/07/1982
Publicado no Recanto das Letras em 13/11/2013

FILA INCLASSIFICÁVEL



Prateleira, classificação:
SUS, SAMU, 192, INSS...
Plano de Saúde...
Ah, tem a mil!
Não, tem mais de mil!
Tem plano sério, tem honesto,
tem funesto, tem mistério,
tem ladrão, tem nada,
tem fila, muita fila!

Na fila tem:
Gente saudável, doente,
bom, ruim, ladrão,
assassino, anão,
feio, honesto,
trabalhador, quem tem dor,
vagabundo, homem,
mulher, outros, artista,
e sei lá o quê!

Às vezes, fila organizada!
Outras, nem tanto!
Organizar, de que forma?

Precisava colocar, em forma,
a maioria para melhorar 
a forma, de alguma forma!
Alguém se conforma?
O ser humano é desumano?

Sim, o ser humano é desumano!
Na verdade é uma classe
inclassificável... 
Em qualquer fila é detestável!

Foz do Iguaçu, 30/08/2002
Publicado no Recanto das Letras em 12/11/2013

terça-feira, 28 de agosto de 2012

ONDE?



ONDE?

A lua lança sua cor argentina
pelo meu caminho, estou só!
Lanço confete e serpentina,
choro sozinho, digno de dó!

A saudade era minha vizinha,
o amor nunca me vinha!
Hoje a solidão me acompanha,
jogo a toalha, quem apanha!?

A vida passa e passa o tempo!
Andar é meu único passatempo!
Procurando o que se esconde,
cansa! Então, o amor está onde?

Encontro um éden, um jardim
repleto de flores e amores,
que enfeita e sorri para mim!
A vida cinza torna-se em cores!

Dentre todas as multi flores,
destaca-se a espécie mais bela!
Cattleya, seu perfume e cores
me solta da tristeza, minha cela!

A melancolia que já se finda
dá lugar à alegria de repente!
Ela é bem vinda! Tudo se brinda!
Minha flor, meu amor pra sempre!

Botucatu, 02/03/1992
Publicado no Recanto das Letras em 21/06/2013

VOU TENTAR




Não sou de ninguém, sou o que sou!
Meu sangue eu não dou, eu dôo,
estou dentro de mim somente!

Vou tentar de maneira franca,
ensinar mais, cada vez mais,
doutrina, paz, bandeira branca!

Exteriorizo o que está dentro de mim!
Levo minha teoria como alavanca!
Sigo dentro do meu eu, assim!

Sigo pelo caminho meu,
com a minha crença
desde que eu era criança!

Sigo com todo ardor,
somente com o amor
meu e o amor de Deus!

Salve! Salve! Nada se encerra!
Salve a flor desta Terra!
Salve o amor desta Terra!

Vivo para consertar!
Vou tentar encerrar
o frio desta guerra!

Sonho encerrar esta triste guerra
de Nação contra Nação,
de irmão contra irmão!

Vou tentar unir coração a coração,
mesmo sabendo, sim e não,
que pode ser sermão em vão!

Botucatu, 01/02/1992 - original
Foz do Iguaçu, 04/01/2014
Publicado no www.delynerso.blogspot.com em 04/01/2014
Publicado no Recanto das Letras em 04/01/2014

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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

POR VOCÊ



Por você eu até mudei de estilo!
Unimos o racional com o tranquilo!
Além de beleza na união, há clareza!
Condições favoráveis da natureza!

Por você eu mudei de rumo,
sigo GPS, mapas, em resumo,
navego no prumo! Por instrumentos!
Um dos raios da rosa-dos-ventos!

Por você eu mudei de Estado! Por idílio!
Por você eu mudei de casa, de domicílio!
Por você eu mudei de espiritualidade!
Por você eu mudei de religião! Conformidade!
Por você eu mudei de hábitos! Aparência!
Por você eu mudei de manias! Transparência!
Por você eu mudei no trajar! Vestimentas!
Por você eu mudei de cultura! Ventura!
Por você eu mudei de culinária! Oriente!
Por você eu mudei de nome! Sobrenome!
Por você eu mudei de vez! Jejum! Islã!
Através de você conheci novo amanhã!

Foz do Iguaçu, 27/08/2012
Publicado no Recanto das Letras em 18/11/2013

THAÍSA e INFINITO

   





Tradução da simbologia matemática do infinito!
Homenagem à deusa Afrodite do amor e da beleza!
A Deus agradeço meu denodo como nunca, deveras!
Infinito, sem fim, existe no universo sem fronteiras!
Sem barreiras levarei meus sonhos à total realidade!
A vida mostra as idiossincrasias na sua totalidade! 

Tradução da amizade! Acredite!
Homenagem à deusa Afrodite!
Amor e beleza! Ratifica convite!
Inenarrável cumplicidade! Dinamite!
Sem barreiras, nem a distância é limite!
Amiga, tatuei seu nome no coração! Imite! 

Infinito!
Nele acredito!
Finito! A vida terrena!
Infinito! A vida eterna!
Nela acredito!
Infinito, o amor de Deus!
Theos igual divindade!
Oito, infinito é Deus em bondade!

Foz do Iguaçu, 08/08/2012
Publicado no Recanto das Letras em 20/06/2013

SAMBISTA




MEU MUNDO, MEU BARRACÃO
MEU MUNDO, MEU BARRACÃO

Meu mundo, meu barracão,
meu todo Rio de Janeiro
moram no fundo do meu coração!

Amor todo primeiro,
com certeza, aqui dentro mora.
A alegria mora toda dentro de mim,
e da minha moradia!

A tristeza, mora lá fora,
mora longe daqui,
só a alegria fica aqui!

Dentro do meu barracão
tem mais samba,
mas dentro do meu coração
também tem!

Rio tem mais beleza,
a terra mais bela da natureza!
Rio tem mais Rio, mais gingado
e da minha janela se vê o Corcovado,
com toda exuberância!

Aqui se vê mais amor,
se vê o Cristo Redentor
com os braços abertos,
apontando os passos certos!

Quem quiser beleza,
aqui há de ver! Certeza!
Sou sambista! pode crer!

Sou daqui e vou ficar aqui, até morrer!

Foi quando eu escrevi.
Fui trabalhar na Subestação da CESP em Queluz em 1983.
Queluz é um município no leste do estado de São Paulo, na microrregião de Guaratinguetá. A população estimada em 2003 era de 9544 habitantes e a área é de 249 km², o que resulta numa densidade demográfica de 38,33 hab/km².


Em Queluz localizam-se parcialmente a Pedra da Mina, ponto culminante do estado (2798 m), no ponto de encontro das divisas do município com Lavrinhas (SP) e Passa Quatro (MG), e o Pico dos Três Estados (2665 m), que marca o ponto de encontro das divisas estaduais do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.


Queluz, 20/01/1983
Publicado no www.delynerso.blogspot.com em 27/08/2012
Publicado no Recanto das Letras em 07/12/2013

domingo, 26 de agosto de 2012

SOU DE UM TEMPO

 


Meu barracão, sem proteção,
velho e sujo pelo tempo,
sem cerca, sem pintura,
sem biblioteca, sem cultura,
vive nesse momento,
a iminência de desmoronar-se!

Minha única cadeira, sem encosto,
toco de madeira, de mau gosto,
 é onde descanso! Meu remanso!

Estou só, sem companheira,
estou velho, estou lento,
sou de um tempo,
que até o vento não me ajudou,
já derrubou meu barracão
e agora durmo na calçada!

Acordo e me vejo sem nada,
sem alegria e sem morada,
estou preso, sem alento,
sou de um tempo,
que até o intento não me ajudou,
dilacerou meu coração
e agora sumo na madrugada!
Me acabo no fumo e na marvada!
Estou no fim, tudo tem um fim!

Botucatu, 09/09/1985
Publicado no Recanto das Letras em 30/11/2013

sábado, 25 de agosto de 2012

PROMESSA - RL



Promessa está pra voltar,
fazer uma nova aventura!
Promete achar terra pura,
pra nós podermos cantar!

Promessa está mais capaz,
vai fazer uma nova viagem!
Promete achar terra de paz,
vai nos dar mais coragem!

Promessa está aí de novo,
está falante no mundo inteiro!
Está na voz de todo o povo,
esperando o momento certeiro!

Promessa é sempre só promessa,
o povo está perdendo a esperança!
O povo não cairá mais nessa,
no escrutínio mostrará vingança!

Botucatu, 08/08/1988 - Original
Foz do Iguaçu, 14/01/2014
Publicado no www.delynerso.blogspot.com em 25/08/2012
Publicado no Recanto das Letras em 14/01/2014
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TOMBO




Colombo numa corrida,
levou um tombo!
Ganhou uma ferida!

Colombo numa partida,
levou um tombo!
Ganhou despedida!

Colombo não forte,
só levou tombo!
Só viu morte!

Colombo sem norte,
só levou tombo!
Que triste sorte!

Colombo sem terra,
só levou tombo!
Foi pra guerra!

Colombo dos cais,
só levou tombo!
Nunca viu paz!

Colombo, só levou tombo
na vida! Vida pequena!
Puxa vida! Que pena!

Uma vida sem paz,
levou o último tombo,
caiu na tumba, aqui jaz!

Epitáfio na campa:
Saudade de Colombo!
Descrição que estampa!

Botucatu, 17/07/1985
Publicado no Recanto das Letras em 29/11/2013

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

FANTASIA



 



SÓ PRO CARNAVAL

É um sentimento natural,
num momento, vou de imediato,
vou correndo, vou de fato,
só pro carnaval.

Roda sensacional,
vou fantasiado de artista,
pra ficar feliz na pista
da mulata do carnaval.

Sou prejudicado, sou singular,
sou sujeito, sou plural,
não mexa comigo, eu distrato,
qualquer nó eu desato...
Só vou pro carnaval.

É liberdade condicional...
É só pro carnaval...
Depois volta tudo ao normal...
Prisão serviçal, temporal,
racional, infernal e habitual!
Continuidade: ganha-se mal!
Troca-se fantasia por avental
ou uniforme! Sabe, se conforme!
Um usa terno, outro usa farda,
um do outro, uma distância enorme!

Botucatu, 06/06/1985
Publicado no Recanto das Letras em 29/11/2013

O VIVER NÃO ESPERA



Vento ventania (correria)!
Já é claro, já é dia!
Corro pela avenida,
que é desprovida
de sonho e de fantasia!

Avenida descolorida,
vida dolorida,
ainda sou mais eu,
tenho ainda vida,
pois a dor se rendeu!

Tal qual menino,
sigo meu destino,
corro, é minha vez!
A rua está nua
e com languidez!

Quando se perde a dor
(é da vida um direito)
ganha-se tanto vigor,
que não cabe direito
no peito, tanto é o ardor!

Ganhei a alegria,
rasguei a fantasia!
Troquei a quimera
da noite pro dia!
O viver não espera!

Botucatu, 05/05/1985
Publicado no Recanto das Letras em 22/06/2013

DEIXA UMA POESIA



Quanto acre é um pranto, cobre a melancolia
de uma velha e triste canção de choro e morte.
Deixa deslindando a tristeza, por um momento!
Deixa a rijeza com clareza, deixa uma poesia
em um velho, cansado e pobre coração inerte,
com dor sofrida na vida de um dado tempo!

Quanto belo é um amor feliz, traz uma alegria
profunda do fundo do peito com mais esperança.
Leva encobrindo a tristeza, mais que de repente!
Deixa a certeza da beleza que deixa uma poesia
em um novo, disposto e rico coração de criança,
com amor na vida revivida para todo o sempre!

Torrinha, 29/07/1969
Publicado no Recanto das Letras em 24/11/2013

SEQUELAS






A engenharia dá a maior contribuição
para o avanço, enorme, da tecnologia!

Notes, tablets, celulares ou similares
é que dão as cartas e criam hábitos,
que a ganância capitalista requer!

A indústria tecnológica sequer
está preocupada com o mal que vier!
E virão mazelas que trarão sequelas!

Diante de tanta inovação e de telas,
todos ficaram fanáticos e estáticos!

Não se conversa mais, só mensagem!
Solitários dentro da própria paisagem!

Inovação envolvente e consistente!
Juntos, mas separados! Proeminente!

Patente, o mundo perdeu a união!
Se é que ela existiu! Acho que não!

Já houve duas guerras mundiais!
Na corrente, o elo já não é resistente!
Reação, libera calor e inimizade!

Dois elementos químicos quaisquer,
Dois times de futebol quaisquer,
Duas nações com interesses quaisquer,
nem sempre esses confrontos geram união!
Fissão ou fusão não geram paz! Pura ilusão!

Hoje jardineiros já pisam sobre toda flor,
hoje cancioneiros não cantam sobre o amor,
hoje a união estável supera o casamento!
São ainda situações que estão em andamento!

Faça tudo que o mundo atual oferece,
faça tudo que puder e quiser! Não se apresse!

Mas por favor e por amor, não destrua
com a inovação, a terra sua, nua e crua!

Saibam que Deus, um Grande Coração,
a criou, em seis dias e com perfeição,
e, colocou a paz e o amor em sua mão!!

A inovação continua em franca criação!
O homem continua com o dom da destruição!

Botucatu, 18/07/1969 (Elaborado)
Foz do Iguaçu, 27/08/2012  (Corrigido e atualizado)

Interação do recantista Tito Baruc:
Li há alguns anos, não me recordo onde, um pensamento interessante: Os únicos organismos no planeta tão estúpidos a ponto de destruir o sistema do qual dependem para sobreviver são o câncer e o homem.

MÁ COMPANHIA



Saiu à procura, pela noite escura,
de uma pequena aventura!

Pelo seu caminho, encontrou um descaminho,
encontrou uma tranqueira, e fez sua parceira!

Pela areia, pela praia seguiram viagem,
só fizeram coisa errada e toda sorte de malandragem!

De passagem pela bobeira, soltaram o elo, a corrente;
soltaram o bom senso, tornaram-se sonsos e indolentes
pra viver pra morrer!

Todo castelo que na areia da praia de sua vida
construiu, seu amigo ruiu! Ela construía, seu amigo destruía!

Está agora ao Deus dará, presa no escuro e sem futuro!
Um filho pequerrucho, outro no bucho
e o novo amante tem outro no cartucho!

Aprendeu muito tarde, que amor sem amor, arde!
Que má companhia é a morte da alegria!
Bom no início e depois, é sempre o fim dos dois!

Torrinha, 10/04/ 1966
Publicado no Recanto das Letras em 03/12/2013

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

EXÉQUIAS DE LEONOR - (Publicado no RL como EXÉQUIAS)



Leonor caminhava na incerteza, com olhar gélido!
Sozinha na tristeza, sua cor lívida, sua tez lúrida!
Sua vida vazia, em negro cárcere de frustração!
Dedicou tempo ao coração, mas sempre em vão!

Enquanto perdia o amor, também morria linda flor!
A dinâmica da vida trouxe desenganos e desamor!
Perdeu todas suas pétalas! Leonor perdeu alegria,
perdeu tanto, que a natureza não reteve energia!

Hoje pêsames, consternação, desalento, lamento!
Cantemos um réquiem, um hino de culto e louvor!
Saudade já toma conta, nos resta verter lágrimas!

Ah! Quanto tempo! Tão de repente e num momento,
a natureza perdeu bela flor, Leonor sucumbiu à dor!
A vida perdeu Leonor, nas exéquias a tez era pálida!

Torrinha, 18/05/1968 - original
Foz do Iguaçu, 30/12/2013 - editado
Publicado no www.delynerso.blogspot.com em 30/12/2013
Publicado no Recanto das Letras em 30/12/2013 como EXÉQUIAS

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terça-feira, 21 de agosto de 2012

NOITE




(É NOITE AINDA)

Noite!
Noite criança,
meu olhar se cansa,
sem esperança!

Noite menina,
lua argentina!
Noite e meia,
lua cheia
coloca suas cores
pela areia!
O mar afoga
meus amores!

Noite, lua...
Flores e seus perfumes...
A vida e seus costumes...

Noite,
noite linda,
noite bem-vinda...

É noite ainda!

Torrinha, 19/05/1968 - Original
Foz do Iguaçu, 21/08/2012 - rascunho
Publicado no www.delynerso.blogspot.com em 19/01/2014
Publicado no Recanto das Letras em 19/01/2014
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