domingo, 25 de dezembro de 2011

PSIU!!!! (FIM DO ANO, NÃO É HORA!!) - RL










Fim de ano! Confraternização!
Família, inicia-se reunião!
Se cutucar feridas, confusão!
Melhor rir das piadas e da situação!

Se não tiver elogios, cale-se!
Encher de bom vinho outro cálice,
é de bom alvitre! Palpite, na ápice
da mudez! Pior seria se falasse!

Perscrutar defeitos dos outros é falácia,
engano, ilusão ou sofisma sem eficácia.
Gera atrito, e, só demonstra audácia
do incitador que não tem perspicácia.

Portanto, ria, cante e dance,
pois a vida acaba num lance!
Corte o mal pela raiz e alcance
um final de festa feliz! Grande chance!

Cutucar ferida é mexer num momento infeliz!
É atitude de controlar o passado na cicatriz!
É julgar com violência no presente, ser juiz!
Psiu, manda calar-se e desligar a força motriz!

Fim de ano! Confraternização!
Família, inicia-se a reunião!
Se cutucar feridas, confusão!
Melhor rir das piadas e da situação!

Se não tiver elogios, cale-se!
Encher de bom vinho outro cálice,
é de bom alvitre! Palpite, na ápice
da mudez! Pior seria se falasse!

Perscrutar defeitos dos outros é falácia,
engano, ilusão ou sofisma sem eficácia.
Gera atrito, e, só demonstra audácia
do incitador que não tem perspicácia.

Portanto, ria, cante e dance,
pois a vida acaba num lance!
Corte o mal pela raiz e alcance
um final de festa feliz! Grande chance!

Cutucar ferida é mexer num momento infeliz!
É atitude de controlar o passado na cicatriz!
É julgar com violência no presente, ser juiz!
Psiu manda calar, e, desligar a força motriz!

Foz do Iguaçu, 23/12/2011
Publicado no www.delynerso.blogspot.com em 04/01/2014
CARTILHA: REUNIÃO DE FAMÍLIA
Publicado no Recanto das Letras em 04/01/2014
http://www.recantodasletras.com.br/autores/nelmite
http://www.delynerso.blogspot.com

Conselheiro diz:
Passe verniz!
Seja aprendiz!
Feche o chafariz!
Risque com giz!
Seja cerviz!
Não seja meretriz!
Tenha diretriz!
Lembranças no almofariz!
Diminua seu cariz!
Não seja nutriz!
Seja joliz!
Cuide do seu nariz!

Foz do Iguaçu, 23/12/2011

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

SEM ALARDE!



O tempo mudou!
Está trovejando pela terra!

O céu cinzento em guerra,
zangando, abre-se em gritos,
em estrondos e relâmpagos.

Faz-se escuro! Já se faz noite!
Veio, não mais quieta,
ao encontro do dia!

Inquieta-se, veio a escuridão!
Mudança - Transformação!

Com o tempo mudei!
Estou vagando pela terra!

Peito aberto em guerra,
cansado, morro no momento!

Sou de longo tempo,
a vida está mais cinzenta!
Meu ser encontrará escuridão!
Mudar-se-á de repente!
Sem alarde! Sorrateiramente!

Conchas, 30/06/1970
Publicado no Recanto das Letras em 06/07/2013

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

MAIS

TEU DIA

Teu dia...
Anjo Miguel coloca mais uma estrela no céu.
O poeta te homenageia com mais uma poesia.
Deus coloca no jardim da tua vida mais uma flor.
Alguém joga na fonte dos desejos mais uma moeda.
A namorada te dá mais um beijo.
A rainha do mar gera mais uma sereia.
Alguém aperta mais uma vez a tua mão.
A tua mãe te abraça mais uma vez.
O compositor te homenageia com mais uma canção.
A vida te presenteia mais um ano.

Teu dia...
Mais uma estrela, você pode vê-la,
brilhante e tão distante.

Mais uma poesia, poema sobre teu dia, tua alegria.
Mais uma flor, tudo é cor, calor e amor.

Mais uma moeda de metal,
sonho espacial, estrutural, monumental.

Mais um beijo, é um desejo,
uma procura, uma aventura.

Mais uma sereia, praia, areia,
momento, divertimento.

Mais uma canção, é uma emoção
da amada, da namorada.

Mais um ano, novo projeto, novo plano,
um ano, mais um ano...

Sobre teu dia, teu dia...

Torrinha, 1969 - Aniversário de 21 anos.
Publicado no Recanto das Letras em 30/06/2013

SÓ NÓS DOIS


Sou eu que te encontro,
sou eu que te compreendo.
   
Quando te vejo chorando,
sou eu que digo que tudo passa.
       
Quando te vejo sorrindo,
sou eu que digo tudo com graça.

Sou eu, só eu que te amo.
Sou eu teu companheiro.
               
Só eu te vejo adormecida.                 
Sou eu o teu sangue, a tua vida.
                   
Só eu vejo a tua cabeleira negra.
Só eu amo teu corpo, escultura grega.
                       
Sou eu às vezes a tua alegria.
Sou eu às vezes a tua tristeza.
                           
Só eu e você nessa vida paraíso.
Só eu preciso do teu sorriso.

Votuporanga,jun/1973
Publicado no Recanto das Letras em 30/06/2013

TRAÇOS


Efêmero caso, meros traços,
esperei a volta dos teus braços,
sem abraços, só consegui cansaço!

Não consegui seguir seus passos,
fiquei presa em meros laços,
só segui espaço pro embaraço!

Sem você minha amiga amada,
fico sem norte na caminhada,
motivo pra ficar na estrada!

Sem você minha amada amiga
eu nada consigo, vivo em fadiga,
vivo só, só em depressão antiga!

Passos de dor, passos e traços de amor!
Coisas pelo tempo velhas e amarelecidas,
fotos de momentos felizes de nossas vidas!

Céu azul, o luar, você, o brilho e o amor,
vestido azul e teus olhos da mesma cor,
são traços que restaram de união falida!

Botucatu, out/1992
Publicado no Recanto das Letras em 01/07/2013

BOÊMIO


Morte do boêmio,
o prêmio de sua vida!
Morte de um gênio,
terminou sua corrida!

Boêmio viveu em calçada
embriagado, maltrapilho
e maltratado.

A rua sua moradia,
a lua sua poesia,
a rua sua morada,
a lua sua namorada.

Tudo acabou para boêmio,
teve o seu final
no fim do carnaval!

A cova sua moradia,
a cova sua morada,
a lua continua poesia,
a lua continua namorada.

Foz do Iguaçu, nov/2011
Publicado no Recanto das Letras em 01/07/2013



CAPA DE REVISTA


Maria parecia
ter fogo no corpo.
Tanto, de deixar tolo e torto
qualquer fulano,
que mesmo por engano
fosse sério.

Maria minha bela!
Maria mistério!
Por um olhar dela
ganhei refrigério.
Ela é meu império,
meu deletério!

Estou morto vivo,
Maria meu lenitivo,
e meu motivo.
Minha música e poesia.
Minha doce Maria.
Meu mal noite e dia!

Sorriso capa de revista.
Sabe, estou na sua pista.

Botucatu, junho/1969
Publicado no Recanto das Letras em 01/07/2013

MARIA ROSA


Toda criança se lança na esperança
de mostrar ao mundo, que abriu-se em flor!

Também a rosa, de esperar, não se cansa,
de mostrar ao mundo, que é símbolo do amor!

Maria Rosa nasceu do fruto do amor,
nasceu flor admirada, desejada e enfeitada!

Maria Rosa à mercê do tempo a contratempo,
do vento, em dado momento conheceu a dor!

A rosa flor murchou, Maria Rosa se definhou.

Botucatu, abril/1969
Publicado no Recanto das Letras em 02/07/2013

MEU REFÚGIO


Se eu mergulhar na tristeza,
faça-me submergir na alegria.
Se na loucura eu tiver destreza,
faça-me navegar na calmaria.

Se eu estiver muito fogosa,
abranda-me na madrugada.
Se alegre, não louca e amorosa,
suga-me no todo por nada!

Quando tudo disser não, diga sim.
No tumulto da vida, seja meu norte,
meu porto seguro, meu anjo Seraphim.

Nego e renego o azar pela sorte
que se concentra em você; enfim
nosso amor se torna mais forte.

Foz do Iguaçu, 19/12/2011
Publicado no Recanto das Letras em 02/07/2013

domingo, 18 de dezembro de 2011


Eu andava só, só por lugar acidentado.
Eu andava só o pó, com ar cansado.

Agora, hora de descanso, retiro e remanso.
Hora bem vinda, estou só, ainda, por enquanto.

Até quando estarei só? Só Deus é que sabe!
Ele dá esperança pela Palavra que me cabe!

A Palavra de Deus não mancha de zinabre,
Ela é refrigério, é doce e resulta em milagre!

Conchas 29/03/1970
Publicado no Recanto das Letras em 02/07/2013

sábado, 17 de dezembro de 2011

DIA CINZENTO


Morri de pena quando amanheceu!
Acabou-se a festa! Madrugada!
Bando de pássaros e carnaval
foram juntos com a alvorada!

Ficaram lembranças, esperanças.
Agora  tudo são cinzas!
Quarta-feira, dia cinzento!
Só Tristeza! Só Lamento!

Agora é resto...são lágrimas.
Que lástima! Que lamento!
Esperando! Tempo lento!
Nova flor há de nascer!

Há de ter nova festa!
Há de ter outro carnaval!
O bem vencerá o mal!
O povo já se manifesta!

Há de ter outro governo!
Há de acabar este inferno!
Há de acabar este inverno!

Há de ter outro sistema!
Há de ter outro esquema!
Há de ter outro poema!

A dinâmica é a sequência!
O mal tem sua frequência!
O resto é consequência.

Ilha Solteira, 29/06/1984
Publicado  no Recanto das Letras em 03/07/2013

FATOS e FOTOS


Notam-se os fatos,/
pelo fato que os fatos
são fatos! Às vezes exatos!/

Notam-se as fotos,/
são previdentes e evidentes./
Todas fotos são fatos!/

Quem acha a foto um fato,/
às vezes fica estupefato!/ 
É, é um fato!/

Tem cheiro todo fato!/
Olfato é fogo,/ é acurado,/
a foto é mais ainda,/
ela desnuda o fato!/

A foto pode ser bem-vinda,/
mas pode o fato não ser ainda!/

A foto, o rato rói/
o fato dói,/
sempre o fato é mentira/
ou é verdade./
A foto traz saudade,/
o que não me admira./

A foto documenta!/
O som do fato aumenta!/
Ás vezes produz ferimento!/
Desapontamento, fragmento!/

Conchas, dez/1969
Publicado no Recanto das Letras em 22/07/2013

ÉS A PREDILETA


És uma pomba branca! És a predileta!
És toda bela, és vida tão completa!
És uma estrela, brilha com luz tão forte
que elimina trevas e dores ! Minha sorte!

És a imagem verdadeira de mulher!
És mulher! És a certeza, és a única,
que mesmo no abismo da incerteza,
conserva toda pureza! Sem dúvida!

Com toda clareza lhe afirmo, não nego
que a amizade e o amor que lhe entrego,
nasceram no passado e de repente,
os quais guardarei para sempre.

Conchas, 17/06/1969
Publicado no Recanto das Letras em 03/07/2013

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

ORA



A vida é dinâmica!
Ora chove,
ora faz frio,
ora venta,
ora se lamenta,
ora sente arrepio,
ora se comove,
ora ora a Deus!
Neste mesmo momento:
Uns em festa, alegria se manifesta!
Outros em tristeza cantam réquiem!
Outros apáticos, menos simpáticos
nem choram, nem riem, eremitas
se isolando na caverna da solidão!

Foz do Iguaçu,17/12/2011
Publicado no Recanto das Letras em 03/07/2013

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

REBENTAÇÃO


Já se fora a parte quente do dia.
Uma brisa agita os ramos da palmeira e...

Um rijo e velho lobo do mar pescador,
Horácio pescador, senhor das horas,
vestido apenas de um calão surrado,
empenha-se em consertar grande rede...

Procura defeito na  mesma, instrumento
que do mar retira seu sustento.

Alimento que obtém com trabalho árduo,
e com coragem! Pescar é sua viagem!

Horácio enfrenta a rebentação das ondas,
afim de tirar do mar, a contento,
seu alimento, seu sustento.

Amor no coração,
maltrapilho, o mar seu trilho,
vive a tirar frutos do mar
para o fruto do amor alimentar!

Seu mar, seu território!
Seu olhar, merencório!

Ondas, suas cristas, suas vagas!
Vida tão vaga! Ondas, sucessão!
Rebentação!

Botucatu, 30/06/1969.
Publicado no Recanto das Letras em 04/07/2013