sexta-feira, 12 de outubro de 2012

PARLENDA DA MUDANÇA


A tempestade, sofri na pança!
Logo após, veio a bonança!
Meu pai, deu-me confiança!
Pese bem o mal na balança!
Preze, o bom da vizinhança!
Dignidade, vem de herança!
Fico bem triste com matança!
Na vida, sempre tem mudança!
No jogo, seja ponta de lança!
Quem nunca joga, dança!
Destacou-se, tem lembrança!
Para o infiel, só desconfiança!
Lembro da menina de trança!
Nunca tive a menor abastança!
Quanto mais velho, mais criança!
Sinto-me num país sem governança!
O hábito do véu, é velha usança!
O amanhã é pra mim esperança!
Sentado, pois meu corpo cansa!
Meu espírito pede, na fé alcança!

Foz do Iguaçu, 12/10/2012
Publicado no Recanto das Letras em 01/06/2013

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