sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

PELÉ

 

    

Contem, contem mesmo, que ontem,
sentávamos no cimento pobre da arquibancada,
enquanto o rico, se bancava, sentado na numerada!

Tanto da geral, como da numerada, ambos pagantes
vimos num raro momento, uma jogada triunfante,
um drible, um chute que terminou num gol do Pelé!

Nesse dado instante, nada mais, nada menos,
um murro no ar! Grito em uníssono de gol
ecoou em barulho, mostrando nosso orgulho!

Ontem, ontem, isso mesmo, lembrem-se e contem,
sentados na lembrança, irmanados num grito de fé,
que vimos as jogadas, em pé, do nosso rei Pelé. 

Ontem, ante-ontem, já é passado, já é tarde,
numa tarde, o sol arde, arquibancada explode,
com ele ninguém podia e com ele ninguém pode...

São só lembranças do que já se foi,
mas o que já se foi, será sempre o que se foi, pois é,
ele foi, ele é, ele ainda é, e, será sempre the best... 

Botucatu, 18/08/1970
Publicado no Recanto das Letras em 17/08/2013

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