Sou assim no espelho, a imagem se espalha!
Na cabeça, um chapéu de palha!
Sempre do lado,vizinho da Anália!
No pescoço, um cachecol ou toalha!
Nos pés usa mocassim ou sandália!
Retirar a barba, só com navalha!
Nas guerras, porfia cada batalha!
Não gosta da prática de politicalha!
Sendo sério, não gosta de canalha!
Não infalível, às vezes comete falha!
Aprendeu a dividir o pão e a migalha!
Sujeira líquida, espalha pela calha!
Papel descartável, queima na fornalha!
O reciclável, enfarda com cordoalha!
Entre os primeiros, ganha medalha!
Dorme com TV, músicas ou pantalha!
Cada um que fique com sua igualha!
Aqui não pica-pau, aqui não entalha!
Não adianta insistir, aqui não talha!
Ninguém trama, faz pirraça ou malha!
Não come merda, nem com serralha!
Não se mete com metido ou gentalha!
Não rasga dinheiro, nem o estraçalha!
Corrige neto com verbo, não o vergalha!
Enfeita varanda com vaso de vertalha!
Sabe ganhar jogo quando embaralha!
Não adianta insistir, aqui não talha!
O sósia da imagem não atrapalha!
A imagem e eu, corpo e alma! Deus nos agasalha!
Foz do Iguaçu, 10/03/2012
Publicado no Recanto das Letras em 10/06/2013Quando terminei, percebi que minha Nora --Carol Camatta, responde ao mesmo perfil, com alguns ajustes, logo aproveitei para colocar o poema numa foto e facebookeá-la, para os amigos face conhecer!!
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