sábado, 10 de março de 2012

RIR POR ÚLTIMO

  
  

Não acredito no dito do povo!
Edil, de vida nova e terno novo!

Metido, fuma cigarro americano!
Fumaça sai e povo entra pelo cano!

Finge que enriqueceu na praça!
Não foi com trabalho, nem na raça!

Imita chefe ou patrão sem graça!
Cabeça despreparada, sem massa!

Parece cão buldogue ou escroque!
Não dá sabão, nem samba nem rock!

Talvez seu carro choque com ruína,
num muro ou num poste de esquina!

Aí, quem o Edil despreza e detesta,
vai rir por último e dar uma festa!

Botucatu, 15/07/1969
Publicado no Recanto das Letras em 05/08/2013

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