quinta-feira, 1 de março de 2012

TEOREMA

  

  

 


Quando surge um problema,
sempre aparece um dilema.
Demonstra-se um teorema?
Precisa-se solver o esquema:
Elabora-se uma hipótese
e por ela defende-se a tese.

A solução sempre está na cabeça,
nunca no coração, não se esqueça!
Para que a razão não se esmoreça,
o cérebro ainda frio, que se aqueça!

As poucas variáveis são incansáveis,
ora são atlânticas, às vezes amazônicas,
ora são pacíficas. A solução, nada ainda!

Estou na reta final, sem proteção, um mal.
Quase sem combustível, um circuito sem fusível!
A solução, nada ainda!

Estou olhando em volta, com o peito em revolta,
de ter dado tanta volta, preso e ninguém me solta!
A solução, nada ainda!

A solução será bem-vinda,
quando a lei nos proteger,
eu pago para ver!

Não existir toma lá, dá cá, 
eu pago, se realmente acabar!

Não mais existir troca de graça,
eu brindo com taça!

Não existir suborno, fim deste transtorno!
Não existir influência, seria uma desinência!
não existir corrupção, aí sim, seria a solução!

Poderíamos então brindar
como queríamos demonstrar,
abreviar como se vê, com c.q.d!

Foz do Iguaçu, 01/03/2011
Publicado no Recanto das Letras em 18/08/2013

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